sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Tributo Marco Luigi - Touriga Nacional 2008 [Brasil]

Olá amigos!
Hoje estamos aqui para falar de mais um vinho nacional.
Já há algum tempo que eu provo os vinhos Tributo e seus varietais e sempre os achei vinhos bastante honestos.
Hoje vi no mercado este touriga nacional e não resisti.
A touriga nacional é a uva emblemática de Portugal assim como a carménère é a do Chile e a malbec da Argentina.
Há um tempo que leio que empresas portuguesas em associação com vinícolas brasileiras tentam desenvolver cepas portuguesas aqui. E estão se dando bem, podemos afirmar. Vamos tentar deixar as comparações de lado e ver o vinho.

Eu nunca havia provado um varietal desta uva. Os vinhos portugueses a usam bastante, mas não como varietal. O que quero dizer é que não é comum, ou pelo menos não a um preço acessível.

Pois bem, comprei.

R$17,19 (não entendi nada sobre esses R$ 0,19).

Vinho muito bom!

Na aparência um vinho jovem, brilhante, mas de coloração não tão forte como um CS. Diria que a cor dele não é tijolo, grená, rubi... é vinho mesmo!
Lágrimas abundantes, rápidas e constantes. (12% vol.)
No olfato um pouquinho de álcool aparente mas sem incomodar.
Aí temos um olfato composto por amoras, cassis, algo herbáceo bem leve e mentos sabor uva (isso, aquela balinha mesmo).
Um vinho de taninos medianos, eu diria, na medida em que gosto. Sem amarrar muito e persistência excelente.

A acidez dele + taninos me faz imaginar que ele cairia como uma luva em churrascos. Uma picanha, fraldinha, carneiro, capivara, javali. Carnes com alguma gordura e de sabor marcante.

Eu, que nunca havia provado deste varietal português, adorei.

Ah! Vinho de Bento Gonçalves, Vale dos Vinhedos.

P.S.: Ao fundo da imagem a biografia dos The Doors. Ótima, não deixem de ler, bebendo um vinho, claro.

domingo, 15 de agosto de 2010

Almaden merlot 2009 [Brasil]

E a frustração foi tanta com o vinho francês da sexta que hoje (domingo) tive que comprar outra garrafa. Minha mulher sentenciou, "gostei daquele último". Ela se referia exatamente ao último vinho aqui postado antes do Chateau Lacombe, Almaden.CS.

Não vou discorrer sobre tudo que se passou com esse vinho novamente. É só ler dois posts antes desse.

Mas nós ainda não havíamos provado o que havia sido feito do Almaden com a uva que melhor adaptação tem no nosso sul.

Pois bem.
O vinho é bastante interessante, mantém a proposta de um vinho jovem para jovens, esse é o marketing em cima do novo Almaden.
Coloração bem viva, lágrimas abundantes e constantes. Graduação alcoólica em 12,5%. O vinho, segundo indicação do fabricante tem seu ponto alto com 1 1/2 de idade. Não foi o caso. Daqui há 1/2 ano, essa safra deve estar melhor.

Mas encontrei um vinho muito saboroso. Com aroma frutado, menos fechado que o CS, mais aveludado e ácido que este também. Ruim? Claro que não, estava ótimo e me arrependi de não ter comprado outro para hoje mesmo.

A persistência dele ou retrogosto é que poderia ser um pouco melhor. Mas calma lá, né?! Estamos falando de um vinho de custo x benefício para o cotidiano.

R$ 10,90 no Mundial aqui no Rio!!!

Château Lacombe Bourdeaux 2008 [França]

Esse vinho é um AOC francês. Sabe o que quer dizer? É a classificação mais alta de controle de qualidade dado a um vinho lá na terra do "abajour". Significa "Appellation d'origine contrôlée", ou seja, vinhos de designação de origem controlada. Isso, no entanto, não quer dizer muita coisa. 
Posso garantir a vocês que já tomei vinhos de mesa francês melhor que esse. Vai vendo...
Pode ser que meu paladar plebeu não me deixe reconhecer o que é um vinho francês de verdade e tal, mas fato é que não gostei desse vinho ralinho.
Uma mistura de merlot com cabernet franc. 
Álcool em 12%, uma cor pálida e... ops! rolha em perfeito estado! O vinho não estava estragado, ok?!
Na boca, equilibrado como costumam ser os vinhos franceses, mas muito, muito sem expressão. Equilibrado por baixo, digamos assim.
Aromas de frutas que escapam por entre os dentes.
Ah, gostei não.