sexta-feira, 24 de julho de 2009
Jean Lafitte - Côtes Du Rhône - França (1998)
Amigos hoje é uma noite especial. Ganhei este vinho no meu aniversário e já sabia desde o início ser algo especial. Uma garrafa de 1998; um vinho de guarda.
Chega de lenga-lenga e vamos aos trabalhos.
Confesso que ainda não havia tomado um vinho tão antigo assim. Como todos sabem, minha faixa de vinhos é bem mais modesta apesar de já ter experimentado coisas bem legais com amigos. Uma delícia!
Logo ao abrir minha garrafa a preocupação era com a rolha que se estivesse muito seca, seria indicativo de que o vinho poderia ter se estragado com a entrada do oxigênio. Mas estava tudo certo e ela me indicava que o vinho tinha tudo para estar bom.
Ao colocá-lo na taça já temos aquelas características do vinho antigo. Cor mais pro laranja, tijolo, um vermelho desbotado com bordas bastante transparentes. Suas lágrimas são finas e sutis. Seu teor alcoólico é de 12,9%.
Seus aromas são quase indescritíveis para um mortal como eu. Tem cassis, chocolate amargo, couro. Me lembrou alguns portugueses mais novos que bebi. As frutas são escuras como cereja negra, amora, mas não acentuadamente. Baunilha na medida exata.
Na boca um dos vinhos mais suaves que já provei. Taninos ainda presentes e suavizados pelo tempo. A persistência é excelente. O seu sabor fica na boca muitos minutos após o gole. Sou capaz de falar de sues aromas (sim, aromas) mesmo tempos depois do gole.
Eu posso não ter as palavras e os qualitativos "exatos" (exatos = técnicos) para descrever esse vinho. Mas definitivamente eu posso o apreciar, sentir seu abraço tão bem ou melhor do que qualquer análise técnica. E assim deve ser o mundo do vinho, menos análises normativas (deixem essas para os técnicos de revistas), mais análises subjetivas e poesia.
Saúde!!!!!!
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Um comentário:
Gostaria de contatar vocês por e-mail pf. Será possivel?
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Obrigado.
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